Apesar de 98,6% dos municípios brasileiros declararem, em 2009, possuir algum serviço assistencial à população, grupos mais vulneráveis ainda sofrem com o descaso. As mulheres vítimas de violência doméstica, por exemplo, encontram abrigos institucionais em somente 2,7% das cidades brasileiras. Os dados constam no suplemento de Assistência Social da Pesquisa de Informações Básicas Municipaisp; -- Minic 2009 --, realizado pelo IBGE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Segundo o levantamento divulgado nesta sexta-feira (21), apenas 130 municípios possuíam abrigos para mulheres, sendo 88 públicos e 63 conveniados. Outro dado preocupante é que Roraima, Amapá e Distrito Federal não possuíam um único centro para acolher estas mulheres. Mesmo com a ausência do Distrito Federal, a região Centro-Oeste foi a que registrou maior percentual de municípios com abrigos destinados para este fim, seguida pelo Sudeste. Já no Nordeste, apenas 0,8% dos municípios tinham abrigos para mulheres.
A oferta deste tipo de serviço é bastante desigual de acordo com o tamanho das cidades. O estudo, que apresenta um retrato da política de assistência social nos municípios, aponta a existência de abrigos em 72,5% das cidades com mais de 500 mil habitantes. Já em municípios com até 50 mil habitantes, o índice chegou a ser inferior a 0,6% em 2009.
Precária também é a situação dos moradores de rua. Segundo o IBGE, somente 5,2% dos municípios ofereciam serviço de acolhimento para a população que vive na rua. O cenário é ainda mais difícil na região Norte, onde menos de 1% dos municípios tinham este tipo de atendimento, bem como em cidades brasileiras com menos de 50 mil habitantes.
Ainda longe de ser ideal, o serviço de acolhimento de crianças e adolescentes era o mais popular e estava presente em 24,5% dos municípios no ano passado.
Matéria completa em http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/05/21/mulheres-vitimas-de-violencia-tem-acolhimento-em-apenas-27-dos-municipios-brasileiros-aponta-pesquisa-do-ibge.jhtm
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